Há quase 20 anos que a lei educacional brasileira está em vigor. Foram várias conquistas dentre elas o reconhecimento formal e legal do estado em relação aos cursos livres. Mas, infelizmente, o meio evangélico não reconhece sua importância.
A LEI DA EDUCAÇÃO, nº 9.394, de 20 de Dezembro de 1996 (Lei das Diretrizes e Base da Educação Nacional, mais
conhecida pela sigla LDB) revolucionou a educação no Brasil criando uma nova categoria de cursos chamados livres.
Mas, qual o valor da sociedade para os cursos livres? Quais são os cursos que frequentamos e não questionamos a
sua categoria? Afinal, o que é um curso livre?
Os cursos livres são uma realidade no mundo. Todas as nações possuem cursos que não são regulamentados pelo
governo.
Além das modalidades de ensino fundamental, médio, técnico e superior, a legislação brasileira regulamentou a
categoria “curso livre” que atende a população com objetivo de oferecer profissionalização e capacitação rápida para
diversas áreas de atuação no mercado de trabalho e para formação de pensadores.
Por exemplo: administradores, terapeutas, filósofos, informática, atendimento, secretariado, webdesign, segurança,
idiomas, culinária, corte & costura, estética, beleza, etc.
As escolas que oferecem estes tipos de cursos têm direito de emitir certificado ao aluno em conformidade com a lei nº
9394/96 e Decreto nº 2.208/97. Cooperativas, instituições e profissionais autônomos também podem ministrar tais
cursos e emitir certificado.
Não há um limite determinado para a carga horária podendo variar entre algumas horas ou vários meses de duração.
Por definição, segundo a Wikipédia, curso livre é, no contexto da legislação brasileira, todo curso que não é regido
por lei específica. São exemplos os cursos de danças, reforço escolar, esportes, artes plásticas, artesanato e
segurança.
Por terem relação com alguma profissão no mercado de trabalho existe uma categoria classificada como curso livre
profissionalizante. Algumas profissões exigem cursos técnicos ou de graduação para serem exercidas legalmente.
Neste caso, o respectivo curso livre profissionalizante é útil a quem desejar conhecer mais sobre a profissão ou para
quem já atua na área, desejando se atualizar.
A teologia é uma profissão? Se não, como ficam então os cursos de teologia?
Este é um debate secular que foi reacendido atualmente. Podemos considerar a teologia uma profissão? Bem, a
maioria dos experts no assunto aceita o fato da teologia ser um campo de estudo ou objeto de estudo. Porém, não
concordam como uma profissão secularizada.
De acordo com a definição hegeliana, a teologia é o estudo das manifestações sociais de grupos em relação às
divindades. Como toda área do conhecimento possui, então, objetos de estudo definidos. Como não é possível estudar
Deus diretamente, pois somente se pode estudar aquilo que se pode observar e se tornar atual, o objeto da teologia
seriam as representações sociais do divino nas diferentes culturas
Existe alguma discriminação entre cursos livres e reconhecidos?
Claro que não. O tipo de categoria escolhido vai depender dos seus interesses, como descrito anteriormente.
Devemos considerar que o conhecimento não é atestado por um certificado ou diploma. O conhecimento é o ato ou
efeito de conhecer; modo de agir ou de se adaptar em relação a alguma coisa adquirida a partir de uma análise
racional das percepções desta; informação, ideia, experiência; conjunto de conhecimentos.
Em termos gerais podemos dizer que se você sabe quais são os nomes dos 12 apóstolos de Cristo e que outra pessoa
não o saiba, podemos inferir que você tem mais conhecimento. Mas, ter conhecimento e não saber utilizá-lo é como
ter um carro e não saber dirigir.
Tanto não há discriminação que temos excelentes cursos livres que são aceitos no mercado de trabalho, que tem suas
vagas disputadas e tornam os seus possuidores mais empregáveis do que os outros.
Veja, por exemplo, os cursos do sistema “S” Senai e Senac. Note que muitas pessoas não tem a ideia de que vários
cursos do sistema “S” são oferecidos na categoria de “cursos livres”. Muitas universidades e faculdades oferecem
cursos livres de alto nível, sendo mais conhecidos como cursos de férias.
Portanto, não despreze o conhecimento. Não fique preocupado se o curso de teologia desejado é livre ou reconhecido.
O importante é que o curso seja útil em sua vida ministerial, que tragam benefícios pessoais e para sua igreja, que o
torne um excelente auxiliar do seu pastor ou torne você um pastor excelente para sua membresia.
Que o curso torne o mundo melhor para as pessoas e não pessoas melhores para o mundo.
Agradecemos a Deus por esta excelente oportunidade concedida pela legislação brasileira na qual tornou possível a
criação de diversos cursos de teologia, em diversos níveis de conhecimento, proporcionando uma educação teológica
inclusiva e de qualidade para “qualificar os obreiros da seara do Senhor Jesus”!